sexta-feira, 11 de julho de 2008

Coisas d'alma de uma mulher



Aqueles que me têm muito amor
Não sabem o que sinto e o que sou...
Não sabem que passou, um dia, a Dor
À minha porta e, nesse dia, entrou.
E é desde então que eu sinto este pavor,
Este frio que anda em mim, e que gelou
O que de bom me deu Nosso Senhor!
Se eu nem sei por onde ando e onde vou!!

Sinto os passos de Dor, essa cadência
Que é já tortura infinda, que é demência!
Que é já vontade doida de gritar!

E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,
A mesma angústia funda, sem remédio,
Andando atrás de mim, sem me largar!

Florbela Espanca

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Coisas de despertar

Acorda Mulher!!!
Abre os olhos!!!
Ou como diria Dona Nair:
Acorda pra vida!

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Coisas de Álvaro, Fernando, Alberto ou Ricardo, como queira...

Estou Cansado (Álvaro de Campos)

Estou cansado, é claro,

Porque, a certa altura, a gente tem que estar cansado.
De que estou cansado, não sei:
De nada me serviria sabê-lo,
Pois o cansaço fica na mesma.
A ferida dói como dói
E não em função da causa que a produziu.
Sim, estou cansado,
E um pouco sorridente
De o cansaço ser só isto
Uma vontade de sono no corpo,
Um desejo de não pensar na alma,
E por cima de tudo uma transparência lúcida
Do entendimento retrospectivo...
E a luxúria única de não ter já esperanças?
Sou inteligente; eis tudo.
Tenho visto muito e entendido muito o que tenho visto,
E há um certo prazer até no cansaço que isto nos dá,
Que afinal a cabeça sempre serve para qualquer coisa.


Estou cansada também...

terça-feira, 8 de julho de 2008

Coisas de gripe


É o típico retrato de uma mulher sexy em pleno inverno: corpo largado, olheiras profundas, tosse "delicada" com uma leve sensação de unhas felinas cravadas na garganta deitada na cama de pijama de algodão e ao lado um companheiro sorridente, macio e quentinho. O que teria sido de mim sem o Mikomeu!

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Coisas de quem ama

Eu aprendi que grande parte do que sou é fruto das escolhas que faço.
Eu escolhi amar, compreender, lutar, ter compaixão pelos outros e por mim mesma.
Não tenho vergonha de chorar, nem de pedir perdão
E muito menos de levantar quando caio

Bem diz Ana Carolina
"Eu sou feita pro amor da cabeça aos pés
Não faço outra coisa a não ser me doar"

E é justamente por ser assim
Que eu ainda estou por aqui