
Não sei muito bem se isso é totalmente verdadeiro. Na verdade, claro que não é. Eu que sou apenas filha, tenho um olhar sobre a minha mãe que só eu tenho e que difere até mesmo dos meus irmãos que beberam na mesma fonte. Isso inclusive sempre alimenta aquelas velhas queixas e acusações sobre quem é o mais queridinho da mamãe. E isso vale para irmãos na faixa dos 10, 15, 20 ou 40 anos!!
As relações nem sempre são simples, fáceis. Há fases melhores que outras. Em alguns momentos as idéias e visões de mundo parecem inconciliáveis, em outros a gente chega a conclusão que estamos ficando velhos e mais parecidos com nossos pais. Quando não, aquele velho sermão de mãe é resgatado pela memória e em um misto de irritação acabamos sucumbindo a percepção de que talvez ela estivesse certa.
De qualquer forma, essa mulher que aprendemos a chamar de mãe tem algo que pra nós é único, seja quando ela no faz sentir no céu ou no inferno. E não me iludo que um dia vou entender essa mulher que tanto amo. Nem mesmo se algum dia eu cruzar a linha e me bandear para o grupo ao qual ela pertence e me pegar dizendo frases e fazendo coisas que muitas vezes me tiraram do sério.
É... mãe pode parecer tudo igual, com as mesmas frases, pragas e sermões, com o amor além da própria vida, com sua vida que muitas vezes parece uma panela de pressão sempre pronta a explodir, cheia de lágrimas de crocodilo e drama queens fantásticas, mas, apesar de todas essas evidências, a minha pra mim continua sendo única.
Te amo mãe, ontem, hoje e sempre.
E um feliz dia das mães para todas as mães únicas.