terça-feira, 14 de setembro de 2010

Coisas da serenidade

Dias atrás li um post do Miguel Vale de Almeida no facebook recordando uma fala de seu pai que dizia: “Tudo se há de resolver”. Ou seja, tenha confiança que sempre há uma solução. Isso me fez recordar algumas das aulas que tive sobre meditação onde eu percebi que muito do sentimento de confiança estava relacionado a um estado de serenidade. Há quem diga por aí que serenidade é passividade, não-ação. Mas acredito que não seja isso não. Creio que seja mais a manutenção de um certo equilíbrio, tranqüilidade que permita avaliar nossos próprios sentimentos e pensamentos sem ecos ou ruídos. Mesmo que estes aflorem de maneira desordenada, sem qualquer lógica aparente, conseguiríamos vê-los mais claramente sem aquela urgência gritante que a nossa própria angústia e ansiedade promovem.

Eu já pude observar esse tipo de serenidade em algumas pessoas. Ah...e como eu já as invejei! Até que nas aulas de meditação, o professor falou da importância da respiração para atingir um estado mais sereno. Respirar era preciso. Respirar pro-fun-da-men-te. Qualquer turbilhão de sentimentos poderia ser atravessado ou amenizado com ajuda de um respirar.

Um aprendizado que levo comigo até hoje e que tenho procurado exercitar. Não, ainda não reconheço em mim aqueles que um dia invejei. Mas percebo que isso muito já me ajudou a ter aquela confiança que falava o pai de Miguel de que “tudo se há de resolver”.

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