terça-feira, 27 de julho de 2010

Coisas da política

Eu nasci em um bairro janista, que depois se converteu naturalmente em malufista. E eu digo com muito pesar que talvez nem o mais eficiente teórico da conspiração seria capaz de abalar a crença cega do eleitorado malufista. Fico até pensando se o título de FIEL que carregam tão orgulhosamente os corintianos, não seria de fato e de direito dos malufistas. Ora, porque o cara já disse coisas de arrepiar os pêlos de qualquer surdo, há décadas vem superfaturando com obras faraônicas, suas falas demagógicas sendo ridicularizadas por todos os ângulos que as edições de TV permitem, até sua foto na sessão de procurados da Interpol parecem não abalar essa figura caricata. Sempre há aqueles prontos para lançar uma justificativa para suas ações, para suas falas...sempre há alguém disposto a soltar a velha máxima do malufismo: ele rouba, mas faz! Confesso que no meu otimismo teimoso pensei, ou pelo menos tinha fortes esperanças, que com o passar das gerações esse tipo de escola política seria reduzida a pó, coisa arcaica, mas infelizmente, gerações mais novas perpetuam e renovam os ares dessa escola.

Ai...dizer que esse cenário me dá desânimo é pouco. Fica ainda pior quando se considera o que “eles” planejam para o futuro. Como se sentir diferente diante de um Russomanno que aspira ser governador e um Paulo Maluf que diz que só Deus irá tirá-lo da vida pública? E saber que isso não é apenas delírio deles, mas que há chances plausíveis para que aconteçam.

Talvez desalento seja uma boa palavra. Afinal no cenário político que temos estamos lidando nos termos das alternativas menos piores. Bom...ainda bem que elas existem!
De qualquer modo ando me sentindo como naquele velho ditado: quanto mais eu rezo, mais assombração me aparece! Cruzes!!

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