segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Coisas da natureza

O mar sempre me trouxe boas conversas e desabafos. O som das ondas, a cor da água, a linha do horizonte que se mistura...e o vento vai levando tudo embora, como diria o Renato Russo. De alguma forma sempre me senti abraçada pelo mar. Ele me solta, me deixa livre, me deixa em paz.

E agora veio a terra me mostrar que ela também pode trazer paz em vida, não apenas na morte. Eu fecho os olhos e vejo aquele teto de pedra, com suas camadas que na profundidade e na escuridão formam um céu desenhado. Um céu noturno, parcialmente nublado. Algo como um campo bem longe das luzes da cidade, iluminada apenas por lampiões. Engana os olhos e o sentido, pois por segundos até parece que não há limite ali, faz parecer uma imensidão. Ao ser convidada para ficar na total escuridão e silêncio, senti a terra me aconchegar.

Cruzei a extensão daquela gruta admirada com suas esculturas naturais produzidas pelo pingar ininterrupto das águas. Ao sair de lá tive a certeza que eu também não passo de um grão de areia.

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