segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Coisas de Pedrão

Desconfio que São Pedro designou uma nuvem para me perseguir. Sim, eu sei que ainda estamos no tempo das chuvas, que elas são comuns, que não me atingem unicamente. Mas já começo a achar que Pedrão tá gostando dessa coisa de mandar chuva SEMPRE alguns metros antes de eu chegar ou logo depois de eu sair do trabalho. Algo do tipo distante o suficiente do ponto de saída e de chegada e sem qualquer lugar para se abrigar.

Você pode estar se perguntando: “sua tapada, por que não anda de guarda-chuva?” Pois é, eu bem que tentei. Já tive uma sombrinha como também aquele preto gigante. Mas entenda, a chuva do inverno baiano não vem sozinha, ingenuamente, como quem não quer nada. Ela vem devidamente acompanhada com ventos fortes. E eu posso lhe garantir que não há pessoa nessa cidade que já não tenha pagado um bom mico, protagonizando cenas dignas de uma vídeocassetada ou de algum filme famoso.

Se o seu guarda-chuva, adquirido em loja “a partir de 1,99” ou de um “pequeno empreendedor” que você esbarrou em alguma esquina por aí, for suficientemente resistente para não ser retorcido ou despedaçado, muito provavelmente você terá sua calça molhada até acima dos joelhos. Acho que Pedrão deve se divertir com nossas (des)habilidades em segurar o cabo, a bolsa e ainda tentar desdobrar a lateral do guarda-chuva que insiste em ficar virado pro lado errado. O que dizer então das tentativas de segurar aquele preto enorme que insiste em querer ser como aquela velha música cantada pelo Biafra e “voar, voar, subir, subir”. Para aqueles com 1,50m de altura, como eu, pode até significar a realização de um sonho de infância e começar a voar como Mary Poppins. Ou ainda se transformar numa versão de saias do Gene Kelly cantando na chuva. No meu caso, já realizei os dois. O problema vai ser se Pedrão resolver radicalizar e passar dos musicais para as aventuras, tais como, Náufrago, Twister, A Arca de Noé...

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